Nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que Ele tem de até subordinar a si todas as coisas. (Fp 3:20,21)

Como cristãos, devemos viver com a consciência de quem realmente somos em Cristo Jesus: sacerdotes, isto é, representantes de Deus na terra. Como representantes, nossa função é trazer as realidades daquele que representamos para esta terra, o que significa trazer os princípios que regem o céu para a terra.

O problema é que, neste percurso aqui, acabamos nos distraindo com o que vemos e esquecemos, muitas vezes, quem somos, por que estamos aqui e qual é nossa missão. A Palavra nos lembra, então, de que nossa pátria não está aqui, não somos deste mundo. O que significa isso?

Quando se fala em pátria, se fala em base de formação, em identidade. Todas as pessoas que saem de sua pátria têm bastante consciência disso. Tudo o que elas vivem em outros lugares é visto a partir do que foi gerado nela, do que viveu em sua pátria natal. O lugar em que nascemos molda a nossa visão, mas, com o passar do tempo, corremos o risco de nos envolvermos tanto com a cultura do lugar em que estamos que passamos a pensar e a viver de maneira diferente de nossa origem.

É este alerta que Paulo nos faz. Muitos cristãos têm se preocupado com as coisas terrenas, que são passageiras, que não têm, de fato, relevância, e têm se esquecido dos valores celestiais, que são os mais importantes, porque são eternos. Por que agimos assim? Um dos motivos é porque vivemos em um corpo de humilhação, um corpo que não condiz com as realidades celestiais, que perdeu sua glória quando Adão e Eva escolheram transgredir a norma estabelecida por Deus e pecaram.

Este corpo de humilhação nos puxa para baixo, para o que é terreno. Nosso foco, então, deve ser olhar para o que é celestial, isto é, para o que tem implicação celestial e eterna. Assim, diante de cada situação, de cada problema, de cada conflito, esforcemo-nos para olhar pela ótica do que é eterno, perguntando: que princípio do céu está envolvido aqui? A partir daí, certamente, saberemos como agir. É claro que, entre saber e agir de forma correta, deve haver esforço, mas, com a Palavra e a ajuda do Espírito Santo, conseguiremos.

Somos mais que vencedores em Cristo Jesus! Só se estivermos firmados em Cristo.