“Agora, estou resolvido a fazer aliança com o Senhor, Deus de Israel, para que se desvie de nós o ardor da sua ira. Filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante Dele para o servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso.” (II Cr 29:10, 11)
Nossas vidas passam por vários períodos. Há momentos de maior estabilidade e momentos de mais mudanças, em que somos mexidos. Os dois períodos são necessários, logo temos que passar por eles com entendimento, o que nos trará mais tranquilidade e equilíbrio.
A cada mudança estabelecida, é necessário também um posicionamento firme, em que os valores que nos regem possam ficar claros para nós e para os que estão ao nosso redor, a fim de que não se percam na caminhada.
Na passagem acima, o povo de Israel está passando por uma mudança de reinado. O rei Acaz morreu e seu filho, Ezequias, assume o trono. Acaz foi um mau rei, mas Ezequias, neste momento de mudança pessoal e social, resolve agir diferentemente de seu pai e restaurar o caminho do Senhor. Para tanto, ele não só decide o que fazer, como expõe claramente sua decisão e convida outros para o seguirem.
É importante destacar que o rei estabelece ali princípios a serem seguidos. Cada um deve aplicar estes princípios a sua área de atuação particular, já que, no Reino de Deus, cada um tem um papel específico e deve se mover dentro de sua função, com base nos princípios.
Quando não há este posicionamento claro em nossa caminhada, isto nos levará, necessariamente, à confusão e à negligência de aspectos vitais para uma vida coerente. Principalmente para o líder, seja em que posição de liderança for – em casa, na igreja, no trabalho –, um posicionamento claro sempre trará benefícios, pois vai alinhar não só nossa conduta, como também a dos que estão conosco, levando-os a decidirem o que querem e evitando mal entendidos e confusões.
Claro que, como cristãos, estas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus, pois estamos em uma aliança de sangue, em que a morte de um inocente – Jesus Cristo – nos trouxe o perdão dos pecados e o acesso ao Pai. Esta aliança que temos com Deus, como toda aliança, implica relacionamento e atitudes coerentes com quem Deus é.
Nós somos escolhidos por Deus para estarmos diante Dele, para O servimos e para queimarmos incenso, que são as orações. Nossas decisões devem ser tomadas com base nestes parâmetros e ficar claras para todos ao nosso redor, sempre com o convite de que se unam a nós nestes princípios, mas entendendo que cada um tem sua área de ação.