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Devocional 16 – Aparências

Então, os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o Senhor te disse: Eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer. (I Sm 24:4)

Então disse Abisai a Davi: “Deus te entregou, hoje, nas mãos o teu inimigo; deixa-me, pois, agora, encravá-lo com a lança, ao chão, de um só golpe; não será preciso segundo”. (I Sm 26:8)

Há um ditado popular que diz que “nem tudo que reluz é ouro” ou “nem tudo que parece é”. Esta é uma verdade muito útil, que pode nos livrar de enganos.

Nos versículos acima, Davi estava em uma situação em que parecia que o Senhor entregava Saul a ele, para que o matasse, fizesse cessar a perseguição contra ele e trouxesse o tempo do seu reinado, visto que, há alguns anos, já tinha sido ungido rei de Israel pelo profeta Samuel, autoridade do Senhor naquele tempo.

A circunstância levava a crer, pela lógica da guerra, que matar Saul ali era da vontade de Deus. Inclusive seus homens afirmavam isso e estavam prontos a executar a ordem de matar Saul com convicção. Mas Davi não se movia por vista. Em seu coração, havia o temor do Senhor, por isso soube esperar a ação soberana de Deus.

Infelizmente, temos a tendência de nos mover pelas aparências e pelos raciocínios, mas não deve ser assim entre os cristãos. Também não devemos nos mover por palavras de outras pessoas, por mais sérias que elas sejam, porque todos são passíveis de erros. Mesmo as profecias só são dignas de confiança quando são confirmações do que o Senhor já falou para nós, no nosso espírito.

Nós temos o Espírito Santo de Deus DENTRO, então só podemos nos mover pelo Espírito Santo, um dos grandes privilégios que o Senhor nos deu na nova aliança, porque só Ele pode nos conduzir à verdade.

Muitas vezes, aquilo que parece certo a fazer não conduz à vontade perfeita de Deus e é apenas um teste que vai mostrar o nosso caráter e nos levar a exercer o domínio próprio e a total dependência de Deus.

Davi tinha uma promessa do Senhor de que seria o próximo rei, já tinha até sido ungido diante de sua família. Mas em seu coração havia o temor do Senhor, que o levou a esperar a ação completa de Deus e o livrou de se antecipar, como tentou fazer Sara.

É muito triste ver um cristão que se move por raciocínios segundo o curso deste mundo, mesmo que eles não sejam pecados. Por exemplo, há muita gente que, diante de uma situação financeira difícil, decide fazer um concurso público. Isto não é pecado, mas seu chamado está alinhado a esse propósito? Deus deu uma palavra ao seu espírito sobre isso? Para estudar para este concurso, esta pessoa, então, usando sua lógica de que tem que estudar muito e influenciada pelo discurso dos professores e colegas do cursinho, na maioria das vezes, para seu trabalho na igreja, deixa de ter seu tempo de intimidade com Deus, para de estudar a Palavra, deixa até de frequentar a igreja. Será que tem que ser assim? Se Deus o quiser trabalhando em um órgão público, Ele vai colocá-lo ali, não é pela sua força. Sua força só vai deixá-lo fraco. Temos que fazer apenas o que o Pai mandar e como Ele quiser.

Não se mova por circunstâncias aparentemente favoráveis. A plenitude do tempo do Senhor e a ação Dele são fundamentais para que vivamos plenamente o que o Senhor tem para nós, agradando o Seu coração.